segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os mortos da Páscoa


Como estava um uma bela tarde de sol,  fui com a família dar um passeio até à vizinha praia de Carcavelos depois do almoço do domingo de Páscoa. Que me recorde foi a primeira vez que me lembrei de dar um salto à praia no dia de Páscoa. É que antigamente  nesta época as enchentes na marginal eram de tal ordem, que eu comodista e avessa à barafunda decidia que em casa é que se estava bem.  Apesar da magnifica tarde de sol, a marginal era um sombra dos dias em que gloriosas e enervantes  filas de carros a entupiam por quilómetros  a perder de vista. Não é por isso de estranhar que já só vão morrer na estrada  os poucos que ainda resistem ligados à máquina. Os restantes morrem silenciosamente, fora destas estatísticas, acabrunhados dentro de casa.

3 comentários:

  1. Não sei como vai ser
    Com tanta gente a sobreviver
    Mais serviços públicos, de certeza
    e os vivos só dão despesa

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  2. Nalguma coisa os portugueses terão de poupar e já era tempo de irem poupando em gasolina. O pior são as poupanças forçadas que ainda terão de fazer e lhes vão mexer com o estômago...

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  3. morre-se de inacção, que é uma forma mais triste de morrer...

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